Junho
20
2023

Desde o seu nascimento, o fado foi-se desenvolvendo e abraçando novas e diferentes expressões. 

Embora a sua base seja o Fado Tradicional, a evolução musical e as práticas populares enriqueceram-no com novos estilos, como por exemplo, o Fado Canção a integrar o reportório fadista, assim como as Marchas.

 

 Os diferentes tipos de fado

 

Fado Tradicional

 

O Fado Tradicional tem a sua base rítmica e melódica apoiada nos fados Menor, Corrido e Mouraria.  Desta forma, estes três diferentes fados surgem como herdeiros dos fados mais antigos e remotos que se perderam no tempo. O Fado Menor caracteriza-se como sendo triste e melancólico. Composto em tons menores, o Fado Menor é um dos maiores e mais interpretados fados. O Fado Corrido, por outro lado, transmite alegria. O último elemento desta trindade, o Fado Mouraria, é também composto em tom maior mas com um ritmo moderado. Assim, estes três fados passam a protagonizar a base de inúmeras criações de fado tradicional.

 

 

Fado Canção

 

O Fado Canção começa a ser interpretado a partir de 1930. No entanto, este distingue-se dos outros estilos por ter refrão e se aproximar mais de outras músicas populares mais comerciais, afastando-se assim da sua génese. Deste modo, o Fado Canção aborda os mesmo temas originais como por exemplo: saudade, destino, amor ciúme, tristeza, sofrimento, desgraça mas também pode ser divertido e irónico, tecendo criticas políticas e sociais.

 

 

Marchas

 

Adicionalmente, as marchas constituem outra expressão musical que passou a integrar o reportório dos fadistas, estando deste modo ligadas à cultura bairrista lisboeta. Através desta cultura, estes fados mais alegres e com um ritmo que puxa pelas palmas do público, enaltecem assim estes bairros tradicionais.

 

 

Folclore

 

Por último, o Folclore passou a fazer parte do repertório das casa de Fados no pós-guerra. A crescente afluência turística fomentou a procura e afirmação do “típico”. Assim, diversos temas de folclore são adotados pelos fadistas, incluindo Amália Rodrigues, perpetuando-se até aos dias de hoje.

 

 

Bibliografia: NERY, R. (2004) PARA UMA HISTÓRIA DO FADO. Lisboa: Público/ Corda Seca.
Lopes, S. (2011) Fado Portugal200 Anos de Fado. Oeiras: SevenMuses